domingo, 7 de novembro de 2010

Criacionismo ou Evolucionismo ?

Criacionismo ou Evolucionismo ?

Hoje, muito se fala na teoria da evolução. Mas será que uma natureza, desgovernada, blindaria o cérebro com uma camada de osso bem rígido, enquanto usava osso “flexível” para moldar o nariz?... Observe que tal diferenciação protege narinas e cérebro durante quedas e trombadas muito comuns na infância. Sem esse crânio rígido e sem essa cartilagem macia, os pequenos acidentes mutilariam o nosso nariz e o nosso cérebro antes mesmo de nos tornarmos adultos.

Se nós, brasileiros, dermos um pouco mais de atenção a esses detalhes, constataremos que o nosso nariz não está acima da boca por obra do acaso. Tal localização nos permite pré avaliar (através do cheiro) tudo o que levamos à boca para comer e para beber. Logo, a localização e funcionalidade das nossas narinas parecem ser coisa minuciosamente planejada e não casual.

Com certeza você já percebeu que o coração e os pulmões, órgãos que se expandem e se contraem, estão inteligentemente protegidos por uma grade flexível que chamamos de costelas. Além de proteger, elas permitem os necessários movimentos do tórax e do tronco. Será que poderíamos considerar essa funcionalidade como fruto de uma evolução irracional, desprovida de planejamento prévio e sem nenhum acompanhamento durante a execução?... Você conhece no seu ambiente de trabalho, ou na sua escola, algum projeto que, sem planejamento e sem acompanhamento, tenha feito progresso sozinho?...

Que comentário poderíamos fazer a respeito da perfeita localização do umbigo e do ânus?... Já pensou se por evolucionismo ou por obra do acaso, fosse ao contrário, o ânus no lugar do umbigo?... E o “bumbum”, seria um enorme calo evoluído de si mesmo, ou uma almofada natural devidamente planejada para sentarmos confortavelmente?...

Se o surgimento do Homem na Terra fosse um processo de auto-evolução, de uma minúscula bactéria ou de coisa semelhante, então as nossas unhas poderiam ter nascido em qualquer lugar do nosso corpo: no cotovelo, na sobrancelha, no órgão sexual ou até mesmo no lugar dos nossos dentes. Entretanto, nasceram exata­mente nas pontas dos dedos, de maneira que possamos nos coçar retirando da pele os microorganismos que eventualmente tentam invadir o nosso corpo. Será que poderíamos considerar essa localização como simples coincidência ou como fruto de uma evolução irracional, (bacteriana)?... Pode, a razão, ser fruto da irracionalidade?...

Observe que ao fim da gestação, os seios da mulher produzem o mais perfeito alimento para o bebê recém-nascido. Além disso, os seios estão localizados à altura da boca do neném quando acomodado nos braços da mãe (no colo). O detalhe interessante é que no dia do nascimento da criança, os seios produzem um coquetel de vacinas naturais, chamado colostro, para que o recém-nascido o mame e fique automaticamente protegido das doenças comuns.

Estas preocupações protetoras e funcionais, na elaboração dos nossos órgãos e membros, merecem profunda reflexão quanto à verdadeira origem. Entretanto, a característica mais significativa e esclarecedora, da Criação ou Evolução, está na incontestável beleza e harmonia artística do conjunto humano. Observe a beleza e a harmonia do rosto com os cabelos, dos olhos com as sobrancelhas, das mãos com as unhas, das formas arredondadas de braços e pernas e suas perfeitas proporções. Acredito que podemos classificar como característica mais esclarecedora porque beleza e harmonia são detalhes exteriores (só podem ser obtidas a partir de observações externas). Logo, parece óbvio que na criação do ser humano existiu um observador, um executor racional que estando de fora via e moldava todo o corpo enquanto lhe dava vida.

Na minha opinião este executor racional era o Deus Criador que sabiamente tudo fez. Se fez em um dia de 24 horas ou de milhões de anos, não sabemos ao certo, mas o importante é sabermos que nos fez. E, que, tendo tamanha preocupação protetora e funcional com os órgãos do nosso corpo, jamais deixaria sozinha e desamparada esta tão bem planejada criação. Tudo indica que o Criador, na sua superior sabedoria, providenciou um manual de instruções humano chamado Bíblia Sagrada. (Um manual de boa educação e de exemplos de vida para nos orientarmos, com sensatez, a fim de sermos em tudo bem-sucedidos.) Além disso, disponibilizou a todos o “Espírito Santo”* por intermédio da correta aplicação da fé e da oração. O Espírito Santo está disponível como extraordinário socorro e contínuo veículo de comunicação, de ação e de inspiração divina (inspiração procedente do Criador).

RESPONDA:
Na sua opinião, qual das duas possibilidades parece mais lógica e racional: Somos frutos de uma bactéria evolucionista, ou somos criação de um ser superior o qual Jesus Cristo se referia como o “Pai que está no Céu”?...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Criacionismo X Evolucionismo

Debate recorrente entre os que defendem as duas formas de se entender como surgiu a humanidade nos leva ter um interesse maior sobre o que significa e como se desenvolveu essas linhas de pensamento sobre a criação do mundo.

É um duelo fascinante: há 151 anos, desde a primeira publicação do livro A Origem das Espécies, de Charles Darwin, duas concepções distintas sobre a origem da vida se opõem na cultura ocidental. As teorias do criacionismo e do evolucionismo se apresentam de maneiras bem diferentes, com algo em comum: nenhuma das duas pode ser comprovada em Laboratório. Afinal, o que realmente pregam essas teorias?

O criacionismo prega a existência de um Deus criador, que empregou seu poder sobrenatural para criar tudo conforme seu divino propósito. Isso sendo revelado em um livro que foi escrito por mais de 40 autores em um período de mais 3.500 anos. Esse livro, que é mais conhecido como a Bíblia Sagrada, em uma das suas citações sobre a criação, diz no livro de Salmos capítulo 33, versos 6 e 9: “Pela palavra do senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.”. O Alcorão, que é o livro sagrado para o Islamismo, compartilha a visão bíblica da criação, e contém o seguinte resumo: ”Vosso senhor é Allah, que criou os céus e a terra em seis dias, assumindo, em seguida, o trono. Ele ensombrece o dia com á noite, que o sucede incessantemente. O sol, a lua e as estrelas estão submetidos ao seu comando. Acaso, não lhe pertencem à criação e o poder? Bendito seja Allah, senhor do universo.” Alcorão, capitulo 7, verso 54.

Já o evolucionismo surgiu a partir do século XIX, quando alguns cientistas propuseram novas teorias sobre a origem da vida na terra, contradizendo assim o criacionismo. Uma das teorias, que alavancou o evolucionismo na época, foi a do então jovem naturalista Charles Darwin, que em uma viajem às Ilhas Galápagos, descobriu espécies de animais únicas e diferentes naquele arquipélago. As descobertas de Darwin resultaram na formulação da teoria de seleção natural das espécies, e na publicação do livro A Origem das espécies, em 1859. Esse livro ajudou a formular o pensamento cientifico moderno sobre a origem humana.

Entre os cientistas evolucionistas, a teoria da grande explosão - o Big Bang - apoiada na teoria de Darwin, tem sido aceita por muitos como o começo da história que conhecemos hoje. Essa teoria afirma que toda a matéria existente no universo derivou de uma massa de partícula subatômica altamente aquecida e comprimida que explodiu há cerca de 10 a 15 bilhões de anos. Segunda a teoria, a grande explosão de energia criativa deu inicio ao universo, às galáxias, às estrelas, aos planetas, e finalmente, a toda a espécie de vida e matéria existente.
Somos nós os resultados de uma explosão? Ou somos criação de um ser supremo, seja ele o Allah, do Alcorão, ou o Deus da Bíblia? Eu particularmente, prefiro crer no Deus Criador Todo-Poderoso a crer no acaso e numa explosão como os fatores "desencadeadores" da vida.
Vale ressaltar que ambas as teorias são aceitas como verdade, baseadas na fé de cada um.

-Características que fazem o Criacionismo e o Evolucionismo inconciliáveis

Precisamos entender as verdadeiras características do Criacionismo e do evolucionismo para afirmar com convicção que tais pensamentos são antagônicos.
Vejamos, então, as suas características:

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem é obra do Criador.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem é o resultado aleatório de uma acidente espontâneo.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem foi criado para uma finalidade por seu Criador.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem não tem uma razão para sua existência.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem foi criado para passar uma eternidade com seu Criador.
PARA O EVOLUCIONISMO
Não há vida após a morte. Não há nada após a morte.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Como ser criado, o homem tem atributos que o fazem singular.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem é simplesmente um animal.
Atributos singulares como moralidade são um absurdo.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Antes da Criação não havia tempo, espaço e matéria.
PARA O EVOLUCIONISMO
Espaço, tempo e matéria sempre existiram.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A luz foi criada.
PARA O EVOLUCIONISMO
A luz é eterna tal como o universo

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A terra foi feita com uma superfície fria, com água.
PARA O EVOLUCIONISMO
A terra começou a se formar com uma superfície quente.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Deus fez a atmosfera rapidamente e esta permaneceu constante.
PARA O EVOLUCIONISMO
A atmosfera, atualmente, é diferente da original no sentido de que está “diminuindo”, isto é, antes havia bastante metano, amoníaco etc., mas hoje predominam o oxigênio e nitrogênio.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A vida vegetal só surge após a criação da atmosfera.
PARA O EVOLUCIONISMO
A atmosfera aparece a partir da vegetação.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
As aves e os animais aquáticos foram criados no mesmo dia.
PARA O EVOLUCIONISMO
A vida surgiu na água e só depois “evolui” para a terra.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Deus criou as plantas divididas em espécies diferentes.
PARA O EVOLUCIONISMO
As plantas possuem um “ancestral” comum, isto é, elas evoluíram a partir de uma única espécie.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
No dia em que as plantas foram criadas já possuíam frutas, sementes e as características adultas.
PARA O EVOLUCIONISMO
As plantas evoluíram ao cabo de um longo processo.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O planeta Terra é o centro da criação de Deus e o ser humano a coroa de Sua Criação. Os demais planetas, estrelas etc. têm a finalidade de servir de alguma forma ao homem.
PARA O EVOLUCIONISMO
A Terra é apenas mais um planeta no meio do vasto universo.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Os primeiros seres criados incluem animais de grande porte, animais aquáticos e seres voadores.
PARA O EVOLUCIONISMO
Os animais passaram a evoluir a partir de espécies simples até que atingissem a complexidade.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Deus fez o homem com características físicas e espirituais diferentes dos animais, tornando-o, assim, uma espécie diferente.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem é descendente de um símio, e por isso pertencente a mesma família do “macaco”.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Sempre, ao final de cada dia da Criação, Deus afirmou que viu tudo e considerou “muito bom”. Com isso, a morte, que é conseqüência do pecado, só veio a ser introduzida na humanidade após o pecado de Adão.
PARA O EVOLUCIONISMO
A morte sempre existiu, e o pecado é apenas uma falácia filosófica.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem foi o único ser criado que possui a imagem e semelhança de Deus.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem nada mais é que a semelhança de um símio, um “macaco”.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Os dias da criação só literais, isto é, possuem 24 horas reais e literais.
PARA O EVOLUCIONISMO
O período que engloba a evolução do planeta e dos seres envolve milhões ou, talvez, bilhões de anos.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Tudo o que existe foi concluído ao final de seis dias literais, e por isso, em perfeita ordem e completo.
PARA O EVOLUCIONISMO
O processo evolutivo é contínuo e se realiza atualmente, ainda.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O catastrofismo é uma das infinitas ferramentas utilizadas por Deus, isto é, grandes modificações podem ser feitas em curtos períodos de tempo.
PARA O EVOLUCIONISMO
O uniformitarianismo é o meio pelo qual entendemos o passado, isto é, as mudanças o corridas se deram ao cabo de longos períodos de tempo, e nunca em curtos.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Deus fez toda a sua Criação animal com características herbívoras. A ordem para se digerir carne só é encontrada após Noé sair da Arca.
PARA O EVOLUCIONISMO
Desde o surgimento dos primeiros animais já havia o hábito alimentar carnívoro, predatorismo, canibalismo…

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A composição física do homem se deu a partir do “barro”.
PARA O EVOLUCIONISMO
A composição física do homem se deus a partir de outro animal, um símio.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Deus formou o homem do pó da terra, e portanto, soprou-lhe o “fôlego de vida” a partir de matéria inanimada.
PARA O EVOLUCIONISMO
O homem surgiu por mero acaso a partir de outro ser vivo.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Adão foi um ser real, primeiro homem e um personagem individual.
PARA O EVOLUCIONISMO
A expressão “Adão” refere-se apenas a uma raça de ancestrais humanos, um grupo de seres.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Adão tinha a responsabilidade de liderar, administrar, o Édem, seu filho, Abel, foi um agricultor.
PARA O EVOLUCIONISMO
A prática da agricultura só surge muito tempo após o processo de evolução humana.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Adão foi feito um homem com idioma completo e formado, possuindo vocabulário e gramática.
PARA O EVOLUCIONISMO
O processo de comunicação através da linguagem só ocorre muito tempo após a evolução humana.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Ao homem foi dado um espírito. O que vem lhe diferenciar de qualquer outra espécie, tornando-o totalmente distinto de qualquer ser existente e criado.
PARA O EVOLUCIONISMO
Já que o ser humano evoluiu a partir de animais, este não pode ser muito diferente dos tais, mas apenas no seu aspecto psicológico.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A companheira de Adão, Eva, foi criada a partir de uma costela sua.
PARA O EVOLUCIONISMO
As mulheres e os homens têm a mesma origem e ancestralidade.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
A fidelidade conjugal, bem como a própria constituição familiar alicerçada no matrimônio foi estabelecido pelo próprio Deus, a partir de Adão e Eva.
PARA O EVOLUCIONISMO
O casamento nada mais é que uma invenção cultural inventada no processo de evolução humana.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem foi criado no sexto dia. Portanto, está presente desde o princípio da Criação por uma diferença de apenas alguns dias.
PARA O EVOLUCIONISMO
A Terra possui 4,56 bilhões de anos, e o homem só veio a existir há aproximadamente 100 mil anos.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
O jardim do Édem foi um local geograficamente localizado.
PARA O EVOLUCIONISMO
O jardim do Édem nada mais é do que uma fábula.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Caim e Abel foram personagens reais, citados na Bíblia e confirmados por Cristo.
PARA O EVOLUCIONISMO
Caim e Abel são apenas mitos.

PARA O CRIACIONISMO BÍBLICO
Os primeiros povos possuíam tecnologia avançada. Por exemplo, haviam músicos, artífices de metal, construtores etc.
PARA O EVOLUCIONISMO
Os primeiros povos eram primitivos e sem tecnologia desenvolvida.

Diante do que foi exposto podemos concluir que os dois ensinos, Criacionismo e Evolucionismo, são incompatíveis e inconciliáveis, possuindo preceitos e ensinos absolutamente opostos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TEORIAS EVOLUCIONISTAS - CIÊNCIAS

1. Criacionismo e Evolucionismo
Uma das maneiras pelas quais se explicou a origem da adaptação dos seres vivos ao meio ambiente foi com a corrente denominada fixismo ou criacionismo.
Essa corrente sempre foi vinculada à visão religiosa de mundo: os seres vivos teriam sido criados por uma entidade divina (criacionismo) que os fez já adaptados ao ambiente; desde o início da vida, os seres vivos permaneceriam sem maiores alterações (o que justifica o termo “fixismo”, de fixo, imutável).
Com o tempo, os cientistas – geólogos, principalmente – começaram a notar que o planeta passou por muitas mudanças. Algumas alterações são lentas e outras, bastante bruscas. Por exemplo, na década de 1960 foi muito bem documentado o surgimento de uma ilha vulcânica na Islândia. Hoje, confirma-se uma hipótese já antiga de afastamento de massas continentais; Brasil e África, por exemplo, afastam-se alguns centímetros por ano.
Alguns naturalistas do século XIX começaram a elaborar hipóteses acerca da ocorrência de alterações também nos seres vivos ao longo do tempo. Trata-se da corrente de pensamento conhecida como evolucionismo ou transformismo, cuja visão central é a de evolução biológica - mecanismos através do quais os seres vivos se modificam ao longo do tempo.
As principais idéias evolucionistas foram propostas por dois grandes cientistas do século XIX, uma em 1809 e outra em 1859. Foram analisadas por contemporâneos e biólogos posteriores, foram refutadas ou revistas. No entanto, essas explicações constituem, atualmente, verdadeiros alicerces das ciências biológicas.

2. Lamarckismo
Um ousado cientista francês, Jean Baptiste Lamarck, publicou, em 1809,uma obra considerada pioneira em evolução biológica: Filosofia zoológica. Nessa obra, Lamarck defendia a idéia de que os seres vivos poderiam se modificar ao longo do tempo, a partir de necessidades geradas pelo ambiente.
Assim, por exemplo, coelhos ancestrais dos atuais poderiam ter tido orelhas curtas, apresentando necessidade de ouvir a aproximação de predadores. Isso determinaria por parte dos coelhos um esforço para ouvir melhor, movimentando freqüentemente as orelhas.
A partir daí podem ser enunciados dois fundamentos do lamarckismo:
2.1 Lei do Uso e Desuso: estruturas muito utilizada apresentam a tendência de se desenvolver e as menos utilizadas tendem a se atrofiar. As estruturas do coelho mais utilizadas seriam suas orelhas e patas traseiras (empregadas na fuga de predadores). No entanto, seus dentes caninos (típicos de animais carnívoros) seriam pouco ou nada empregados, pois eles apresentam dieta à base de plantas.

2.2 Lei da Herança dos Caracteres adquiridos: as mudanças do organismo (através de uso/desuso) seriam transmitidas aos descendentes. Assim, ao longo de várias gerações haveria um aumento gradual das orelhas e patas traseiras dos coelhos, enquanto seus dentes caninos terminariam por desaparecer.
Posteriormente, com o desenvolvimento da genética, foram esclarecidos os mecanismos de herança biológica e, efetivamente, não se dá a transmissão de características adquiridas durante a vida. Um exemplo: bebês não nascem com o lobo da orelha furado, apesar de suas mães (ou pais) terem realizado esse procedimento.

Resumo esquemático das idéias de Lamarck
Mudanças ambientais
Novas necessidades
Novos hábitos de vida
Mudanças no organismo
Transmissão das características adquiridas aos descendentes
Adaptação da espécie ao longo das gerações
Uso
Desuso
Desenvolvimento
Atrofia
3. Darwinismo
O pioneirismo de Lamarck não foi reconhecido pelos seus contemporâneos. No entanto, 50 anos depois da publicação de seu trabalho, um cientista inglês daria andamento ao desenvolvimento das idéias evolutivas: Charles Darwin.
Darwin não foi o que se poderia chamar de um estudante brilhante. Após uma vida escolar pontuada por poucos interesses, formou-se pastor da Igreja Anglicana. No entanto, durante sua permanência no seminário foi influenciado por professores, adquirindo gosto pelas ciências naturais. Aos 22 anos interessou-se em participar de uma expedição realizada pela Marinha inglesa, dando a volta ao redor do mundo. A expedição percorreu parte da América do Sul, sendo que Darwin encontrou, na Argentina, fósseis de animais semelhante a tatus. Posteriormente, a expedição passou algumas semanas no arquipélago de Galápagos, a aproximadamente mil quilômetros do Equador.
A viagem de Charles Darwin a bordo do navio Beagle (1831–1836)
Nessas ilhas, ficou intrigado com os jabutis gigantescos que ali viviam. Notou que havia tipos distintos de jabutis nas diferentes ilhas; os animais diferiam em relação ao formato do bico, das patas e no comprimento do pescoço. Deveria haver uma explicação para essas diferenças...
Nesse ponto, o ambiente teria um papel fundamental, selecionando os indivíduos mais aptos, permitindo sua sobrevivência e reprodução. A essa "escolha" dos mais aptos, Darwin denominou de seleção natural.
Após seu retorno à Inglaterra, Darwin passou a trabalhar com o material que obteve durante a expedição. Em 1859, publicou o livro A origem das espécies, que tratava de evolução biológica. Darwin relatou que para ele foi decisiva a leitura do trabalho de Malthus (Um ensaio sobre populações), o qual mostrava uma discrepância entre o crescimento da população humana (em progressão geométrica) e a produção alimentar (em progressão aritmética). Com isso, segundo Malthus, haveria uma grande luta pela sobrevivência diante da produção insuficiente de alimento.
O mecanismo evolutivo proposto por Darwin pode ser assim iniciado:
a) os seres de uma espécie apresentam tendência de gerar muitos indivíduos;
b) no entanto as populações naturais mantêm-se estáveis;
c) isso significa que apenas alguns indivíduos sobrevivem. Mas quais deles sobrevivem?
Darwin considerou um fato importante para responder a essa questão: os integrantes de uma mesma espécie não são idênticos. Isso é fácil perceber em uma sala de aula: há diferenças entre os alunos em relação à altura, peso, cor dos olhos, tipo de cabelo, formato de nariz, etc.
Darwin deu o nome de variabilidade às diferenças existentes entre os indivíduos da mesma espécie. Entre os organismos da mesma espécie, devem sobreviver os que forem adaptados.
A explicação darwinista para as longas orelhas dos coelhos seria assim:


4. Darwin x Lamarck
Esses dois cientistas atribuíam ao ambiente uma participação diferente no processo evolutivo.
Uma típica frase lamarckista seria:

“Pássaros têm asas para voar.”

A mesma situação seria escrita de modo darwinista assim:
“Pássaros podem voar porque têm asas”.

Explicações sobre o pescoço da girafa:
O pescoço das girafas: segundo Lamaarck
Segundo Lamarck, inicialmente a girafa tinha pescoço curto e comia vegetação rasteira. Uma alteração ambiental reduziu este tipo de vegetação , forçando o animal a procurar alimento nas árvores. Isso provocou o progressivo alongamento do pescoço. O aumento do pescoço foi transmitido, de geração em geração aos descendentes.
Assim, com o passar do tempo, o pescoço foi ficando progressivamente maior, até atingir seu comprimento atual.

O erro básico de Lamarck: “alterações em células somáticas não alteram as informações genéticas contidas nas células germinativas – gametas – e, portanto, não são hereditárias!!!”

Explicação de Darwin para o pescoço da girafa
Os ancestrais da girafa já apresentavam pequenas variações no comprimento do pescoço.
As de pescoço mais longo, conseguiram seu alimento no alto das árvores quando a vegetação rasteira escasseou. As de pescoço curto não sobreviveram.
O processo se repetiu ao longo das gerações, sobrevivendo apenas os indivíduos que apresentavam o pescoço longo.

CRÉDITOS AO BLOG BIOBLOGANDO

Somos Religiosos: O que é Religião? Diversidade Religiosa

Somos Religiosos: O que é Religião? Diversidade Religiosa

As religiões vêm orientando os povos em sua relação com o Transcendente (Deus), com os outros seres humanos, consigo mesmo e com o mundo.
Nenhuma aventura humana pode ser comparada às experiências que constituem uma das maiores riquezas da humanidade.
A religião é parte integrante da vida dos povos, independe de qual religião, o termo “religião” se refere a uma atitude de relacionamento entre dois personagens: Deus (Transcendente) e o ser humano. A religião faz parte de nossa vida. Isto não quer dizer que todas as pessoas sejam profundamente religiosas, pois como acontece com a arte, a política e outras manifestações humanas, a religião não afeta a todas as pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade.

O QUE SIGNIFICA RELIGIÃO PARA MIM?
A Religião pode ser entendida como o Resultado da busca das pessoas, no decorrer da história, por uma resposta sobre o sentido e a origem da vida, da natureza e do universo. Por isso é que encontramos não apenas uma religião, mas várias religiões, pois cada uma delas nasceu em lugares e épocas diferentes. Atualmente as religiões são comunidades ou grupos de pessoas reunidas em torno de uma mesma crença e que põem em prática os ensinamentos e valores anunciados por essa crença.
Existem várias formas de se relacionar com Deus em cada religião. Esse relacionamento pode ser comunitário, como por exemplo, através dos cultos, das celebrações, dos momentos de oração, do compromisso em viver os ensinamentos da religião. Este relacionamento também pode ser pessoal, por meio da oração, da contemplação, da leitura dos textos sagrados e da prática pessoal dos valores.
As várias formas de se relacionar, com Deus levam à prática da caridade, ao cuidado com a saúde, à participação em celebrações e rituais.
As religiões possuem aspectos comuns, tais como:
Doutrina: Conteúdo que explica a origem e o sentido de tudo. Por exemplo: a palavra dos sábios, a revelação que os profetas receberam de Deus. Segundo o que está escrito nos livros sagrados das diversas religiões.

Teologia: Atualização da Doutrina feita pelos estudiosos. Os Teólogos estudam e interpretam os Textos Sagrados, atualizando os ensinamentos para os nossos dias. Por Exemplo:
• O que Jesus diria sobre as várias formas de discriminação?
• O que Buda diria sobre as guerras?
• O que Maomé diria sobre a Justiça?

Comunidade Religiosa: É um grupo de pessoas que acreditam num mesmo Deus e colocam em prática os princípios de uma mesma crença. Estes grupos estão ligados a uma ou outra religião, por exemplo: Muçulmanos, Cristãos (Católicos, Protestantes e Ortodoxos), Judeus, Budistas, Esotéricos, Umbandistas, etc.
Ritos e Cultos: Maneiras de expressar a fé, usadas pelas comunidades religiosas. Por Exemplo: Batismo, Culto da Palavra, Missa, Ceia, Oração, Jejum, banhos especiais, ofertas de alimentos e presentes.

Templo: São espaços construídos para a reunião das pessoas, da comunidade. Por Exemplo: Igreja, Sinagoga, Mesquita, Tenda, Terreiro, Salão.
Estes são elementos básicos que compõem uma religião, e faz perceber que ela é parte da vida dos seres humanos e da história da humanidade em busca do caminho que leva a Deus, a um sentido maior, ao Transcendente.

Religiosidade
É a experiência interior de cada pessoa com Deus, que pode ser compartilhada com um grupo ou comunidade, através de símbolos religiosos. Essa experiência pessoal pode ser vivenciada por meio das orações, das atitudes, dos comportamentos, distinguindo o que é bom e o que é ruim para consigo mesmo, para com o outro e para com a sociedade e a natureza. Por Exemplo: o cuidado da própria saúde, o respeito pelo outro, ações de solidariedade, o não-desperdício de alimentos e água, preservação do meio ambiente.

DIVERSIDADE RELIGIOSA
A religião faz parte da vida das pessoas. Porém, você já pôde notar que existem várias religiões e as diferenças entre elas podem ser inúmeras. Embora existam tantas diferenças, as religiões possuem algo em comum. Desde a sua origem, o ser humano quer estar mais próximo de Deus e unir-se a Ele.
Assim, desde o início da humanidade, o ser humano vem elaborando lendas, histórias, narrativas, para explicar e entender a Deus.
No decorrer da história, os povos elaboraram muitas crenças. Em certas épocas e culturas, as pessoas acreditam que Deus se manifesta pela força do raio e do trovão, pelo poder do Sol em aquecer e fazer germinar as sementes, pela claridade que a lua produz. Em outras, as pessoas acreditam que Deus é o criador do mundo e de tudo o que nele existe (como creem os Judeus e Cristãos). Outras religiões acreditam em divindades que orientam a vida e oferecem proteção (Cultos de raiz africana). Assim, percebe-se que os povos têm necessidade de relacionar-se com Deus.
Com a diversidade de povos e culturas surgiram numerosos grupos com expressões religiosas diferentes.
1) O que é religião para você?
2) Que importância ela exerce na sua vida?
3) A que se refere o termo religião?
4) Quem é Deus e como Ele se manifesta em sua vida?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS.


Era uma vez uma pracinha abandonada, como tantas outras que vemos por aí. Todos reclamavam, mas ninguém fazia nada. Um dia, Pedro resolveu sugerir à classe uma classe uma ação comunitária em favor da pracinha. Todos concordaram.
A classe se organizou e pôs mãos à obra. Ao verem as crianças limpando o lugar, as pessoas que passavam por lá e os moradores do local se comoveram e se ofereceram para ajudá-las: um entendia de jardinagem; o dono da floricultura forneceu grama e mudas de plantas; outro se dispôs a consertar os bancos; outro, a construir alguns brinquedos; o dono da loja de material de construção ofereceu a tinta; outro conhecia alguém na prefeitura que cuidava dos postes de iluminação, etc. Aos poucos, a praça foi ficando linda e virou ponto de encontro de adultos, jovens e crianças do bairro. E todos continuam cuidando dela com todo o carinho.
Diariamente, podemos ver e ouvir centenas de notícias ruins. Em nosso país, existem muitos problemas sérios: mortalidade infantil, fome, desemprego, desigualdade social, analfabetismo, corrupção, assaltos e muitos outros.
São tantos os problemas que muitas pessoas não acreditam que possamos ter no futuro, uma nação justa e pacífica. Durante as eleições, por exemplo, várias delas nem se preocupam com a escolha de seu candidato, pois acham que não vale a pena. Em sua opinião, todos os políticos são oportunistas e corruptos.
Em casa, pode acontecer a mesma coisa. Muitas vezes, ninguém faz nada para melhorar o ambiente. E, assim, a cada dia, o clima fica pior, as pessoas brigam por qualquer coisa ou se afastam tanto umas das outras que nem parecem uma família, mas estranhos que vivem sob o mesmo teto. O mesmo acontece na escola, na cidade, no país, no mundo. O que são as guerras, se não acúmulo de egoísmo, maldade, preconceito, exploração e ódio generalizados?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O que é religião?

“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4)

No texto bíblico em referência, Jesus nos remete à consideração de que os homens não têm apenas de alimentar o corpo físico.

Há o clamor da alma, que não se contenta somente com o trigo; ou seja, com o alimento material. Existem perguntas que insistem em atravessar os séculos em busca de respostas. É o lado espiritual do homem reivindicando o seu espaço no tempo, em meio às diversas culturas e sociedades. A história da religião acompanha a história da sociedade. Onde estiver o ser humano, aí estará, igualmente, a religião.

O sentido da vida e da morte está relacionado a indagações religiosas antigas que, em nossa época, se mostram influentes e vigorosas, ainda que se apresentem por meio de símbolos secularizados. Em verdade, a religião é constituída de símbolos utilizados pelos homens, mas os homens são diferentes e, conseqüentemente, seus mundos sagrados também, e, por conta disso, suas religiões são distintas. Os símbolos são variados: altares, santuários, comidas, perfumes, amuletos, colares, livros... E todos eles inspiram alguma forma de sagrado, um sagrado que não se reflete apenas nas coisas, mas também em gestos, expressões e ações, como, por exemplo, o silêncio, os olhares, as renúncias, as canções, as romarias, as procissões, as peregrinações, os milagres, as celebrações, as adorações e, até mesmo, o suicídio. Edmund Burke chegou a dizer que o homem, em sua constituição, é “um animal essencialmente religioso”.

Apesar disso, como sabemos, não foram poucos os que profetizaram a decadência e a extinção do sagrado entre os homens. Que crente jamais se indignou com a famosa declaração de Karl Marx: “O sofrimento religioso é, ao mesmo tempo, expressão de um sofrimento real e protesto contra um sofrimento real. Suspiro da criatura oprimida, coração de um mundo sem coração, espírito de uma situação sem espírito: a religião é o ópio do povo”. Esta é uma das definições de religião, mas foi assiduamente combatida, e não é a única. Vejamos outras.

Definições e classificações da religião

O vocábulo português “religião” é oriundo do latim religare, que significa “religar”, “atar”. Alguns cristãos se opõem frontalmente à classificação do cristianismo como religião baseando-se em sua supremacia e distinção em relação às demais crenças. Mas, ao agirmos desta forma, estamos, na verdade, criando a nossa própria definição do termo, cujo significado é inaceitável para os dicionaristas e enciclopedistas, pois acabamos apresentando definições incompletas em si mesmas. Assim sendo, independente desta discussão filosófica e do posicionamento que o leitor defende, é válido considerarmos alguns conceitos do que seria uma religião. A saber:

• Religião é um sistema qualquer de idéias, de fé e de culto, como é o caso da fé cristã.

• Religião é um conjunto de crenças e práticas organizadas, formando algum sistema privado ou coletivo, mediante o qual uma pessoa ou um grupo de pessoas é influenciado.

• Religião é um corpo autorizado de comungantes que se reúnem periodicamente para prestar culto a um deus, aceitando um conjunto de doutrinas que oferece algum meio de relacionar o indivíduo àquilo que é considerado ser a natureza última da realidade.

• Religião é qualquer coisa que ocupa o tempo e as devoções de alguém. Há, nessa definição, um quê de verdade, já que aquilo que ocupa o tempo de uma pessoa é geralmente algo a que ela se devota, mesmo que não envolva diretamente a afirmação da existência de algum ser supremo ou seres superiores. E a devoção encontra-se na raiz de toda religião.

• Religião é o reconhecimento da existência de algum poder superior, invisível; é uma atitude de reverente dependência a esse poder na conduta da vida; e manifesta-se por meio de atos especiais, como ritos, orações, atos de misericórdia, etc.

A partir destas tentativas de definição, podemos nos atrever a classificar as religiões em tipos de acordo com a similaridade de suas crenças. Especialistas no assunto destacam pelo menos dez classes de religiões. Mas, como o leitor perceberá, há casos em que a distinção é mantida por uma linha muito tênue, o que faz que surja certa mistura de conceitos (tipos) em uma única religião. De fato, os tipos de religiões mesclam-se em qualquer fé que queiramos considerar, e, geralmente, as religiões progridem de um tipo a outro ao longo de sua trajetória. Assim, os vários tipos de religiões alistados a seguir não são necessariamente contraditórios ou excludentes entre si. Acompanhe:

Religiões animistas. Sistemas de crenças em que entidades naturais e objetos inanimados são tidos como dotados de um princípio vital impessoal ou uma força sobrenatural que lhes confere vida e atividade.

Religiões naturais. Pregam a manifestação de Deus na natureza, e, geralmente, rejeitam a revelação divina e os livros sagrados. Segundo seu pensamento, toda e qualquer revelação à parte da natureza não é digna de confiança.

Religiões ritualistas. Enfatizam as cerimônias e os rituais por acreditar que estes agradariam as divindades. Tais ritos e encantamentos teriam o poder de controlar os espíritos, levando-os a atuar para o bem ou mal das pessoas.

Religiões místicas. São também revelatórias, porém, seus adeptos acreditam na necessidade de contínuas experiências místicas como meio de informação e crescimento espiritual. Os místicos regem sua fé pela constante e diligente busca da iluminação.

Religiões revelatórias. Na verdade, seriam uma espécie de subcategoria das religiões místicas. Este grupo de religiões fundamenta-se nas supostas revelações da parte de deuses, de Deus, do Espírito, ou de espíritos desencarnados que compartilham mistérios que acabam cristalizados em livros sagrados.

Religiões sacramentalistas. São grupos que têm nos sacramentos meios de transmissão da graça divina e da atuação do Espírito de Deus. Estas religiões, geralmente, acreditam que o uso dos sacramentos por meio de pessoas “desqualificadas” impede a atuação do Espírito de Deus. Os sacramentos constituem-se em veículo para promoção do exclusivismo.

Religiões legalistas. São construídas sob preceitos normativos, algum código legal que deve governar todos os aspectos da vida de um indivíduo. Este código é usualmente concebido como divinamente inspirado. O bem é prometido aos obedientes e a punição aos desobedientes.

Religiões racionais. Neste grupo, a razão recebe ênfase proeminente e a filosofia é supervalorizada. A razão, segundo acreditam, seria algo tão poderoso que nada mais se faria necessário além de seu cultivo bem treinado e disciplinado.

Religiões sacrificiais. Pregam a salvação por meio de sacrifícios apropriados. O cristianismo é uma religião sacrificial, no sentido de que Jesus Cristo é reputado como o autor do sacrifício supremo necessário à salvação. A suprema palavra do Senhor declara: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).

"Nem só de pão viverá o homem"

Todos estes princípios de crenças sustentam, cada qual à sua maneira, a religiosidade do mundo em que vivemos. Não foram poucas as declarações de filósofos e intelectuais que vislumbraram o desaparecimento destes sistemas. Mas eis que a religião ainda persiste, manifestando-se de diversas formas, em todos os lugares e coisas, em pleno século XXI, tão forte e influente quanto a mais recente descoberta científica. Por quê? Porque o homem não vive só de pão, mas também de religião. É justamente ela (a religião) quem se candidata a responder ao “drama da alma humana”, o traço magno de todo interesse espiritual. Um mundo caído sem religião não é concebível.

Em sua famosa canção, “Imagine”, o célebre cantor e compositor John Lennon nos convida a imaginar um mundo ideal, sem coisas ruins (entre as quais ele destaca as religiões), propõe um mundo em que as pessoas pudessem viver em paz e sugere a religião como fonte incentivadora das guerras. Em verdade, não há como negar que o abuso das atitudes religiosas produziu sangrentas guerras entre nós. Entretanto, temos de ponderar que as guerras não nasceram das convicções religiosas, mas, sim, do comportamento errado diante delas, o que é diferente.

Se os homens são tão ímpios com religião, o que seriam sem ela?

Não é possível desfazer-se das religiões simplesmente tentando ignorá-las. É por isso que, nas matérias que seguem, convidamos os leitores a um passeio panorâmico pelo mundo das religiões.
http://www.youtube.com/watch?v=OzHAVgJzx5U